Em abril percebi que estava escutando mais músicas que o normal, tinha mudado minha rotina, agora trabalho em São Paulo, passo 3 horas por dia no ônibus, fico no trabalho por 7 horas e atravesso toda a avenida paulista duas vezes e gasto cerca de 1 hora e meia fazendo isso. A maior parte desse tempo estou ouvindo música e a maior parte músicas aleatórias, isso porque não tinha o hábito de ouvir discos inteiros, o que não é tão bom, já que os discos são o trabalho final de um artista, a música é só uma parte dele, assim como os filmes são o trabalho final de um diretor. Bom, a partir disso resolvi me comprometer a ouvir um álbum por dia e olha, vale a pena, por isso deixo aqui minhas impressões de maio.
Uma das surpresas mais legais desse mês foi a banda +Dingo Bells, o disco é Maravilhas do Mundo Moderno e é apenas o primeiro do trio gaúcho. As faixas permeiam por um pop suave e muito bem composto, com uma riqueza e variedade enorme de influências, além de letras que na maior parte das vezes fazem questionamentos sobre a vida. Maravilhas do Mundo Moderno surpreende principalmente pelo nível de maturidade da banda em seu primeiro disco.
Já no caso do Mumford and Sons a surpresa foi bem negativa, a banda abandonou os banjos e resolveu pegar a guitarra, o problema é que essa foi a única mudança que a banda fez, a construção das músicas continua a mesma de antigamente, só que sem banjos, o resultado foi um disco com uma estética bem próxima de Coldplay e Snow Patrol, a originalidade da banda foi embora junto com seus banjos.
Acredite, eu nunca havia escutado IV do +Led Zeppelin por completo, já conhecia praticamente todas as músicas, mas ouvindo aleatoriamente. É uma paulada, merecido título de um dos melhores álbuns de rock de todos os tempos, o disco tem tudo na medida certa, começa com Black Dog, que eu tive o prazer de ver ao vivo no Lollapalooza desse ano, um rockão atrás do outro intercalando com faixas mais suaves e melodicamente perfeitas como Going To California e The Battle Of Evermore, além de Stairway To Heaven que eu não preciso nem comentar, simplesmente incrível.
Eu já conhecia e curtia muito a música Figure It Out da +Royal Blood, mas nunca havia parado para procurar mais nada da banda, esse mês coloquei seu disco de estreia homônimo na listinha e P*** Q** P****, o disco pega fogo, sujo, agressivo e na medida certa. Eu sou suspeito pra falar porque tenho uma queda significativa por esse tipo de som, mas depois desse disco a vontade de ir ver o show dessa dupla no Rock In Rio apareceu e não é pequena.
A lista com todos os discos está aqui, dá uma olhada!
Canceriano e, por isso, responsável pelos textos mais dramáticos deste blog. Escreve uns sons, é Social Media e estuda Publicidade na Unisanta. Seu maior sonho é ouvir "Come Fly With Me" de Jetpack.
Em poucas horas Silva subiria no palco do Sesc para sua segunda apresentação em Santos, mas no momento ele estava mais preocupado em aprender a usar a máquina de café que estava no camarim, um item de extrema importância para quem saiu do Espirito Santo rumo a São Paulo para uma bateria de shows."Quando eu viajo pra tocar e acabo não ficando mais alguns dias, minha cabeça acaba ficando muito voltada para o show", comenta Silva, sabendo que assim será sua passagem pela cidade. Mas nem sempre suas viagens são assim, seu último disco, Vista Pro Mar, foi totalmente inspirado depois de uma, Silva estava em uma piscina com seu irmão em um Hotel em Miami quando tiveram o insight que gerou o disco.
Se você acha que sair do Espirito Santo para São Paulo foi a maior correria de Silva está bem enganado, desde que lançou Vista Pro Mar o cantor já rodou diversos países, inclusive a terra do sol nascente. "Eu fui para o Red Bull Music Academy, era meu sonho ir e eu não fui pra fazer um show, então foi informação demais, eu demorei até uns dias pra conseguir processar tudo que eu vi" e as coisas não pararam por aí, o cantor já tem passaporte carimbado para os Estados Unidos e tocará pela primeira vez no país, esse mês, no Texas, isso muito devido a um selo internacional que representa o artista nos Estados Unidos e no Canadá.
Apesar disso tudo, não é a grande pretensão de Silva acumular fama pelos lugares por onde passa, sua ambição é acima de tudo musical, Silva quer fazer músicas conceituais, que o agradem e também agradem o máximo de pessoas possíveis, uma missão difícil de se conquistar hoje em dia. "Eu sempre vim de um meio mais Indie, que tem muito essa cultura de fez sucesso não é legal mais, tem um pouco disso, tem um ranço dentro dessa cultura underground, que eu fiz parte e já não faço mais tanto. Quando eu fui para o Japão eu participei de um festival que talvez seja uma das coisas mais undergrounds do mundo, mas um underground com dinheiro, só que tem essa coisa da galera querer ser difícil, de fazer música pra poucas pessoas entenderem e eu nunca compartilhei muito disso, pra mim quanto mais pessoas ouvirem e acharem legal melhor".
Em meio a esses shows e essa correria toda Silva ainda consegue achar tempo para compor suas músicas, mas não é tão fácil assim, principalmente porque o músico está sempre buscando inovar na estética de seus trabalhos e isso fica evidente quando comparamos Claridão (2012) e Vista Pro Mar (2014), há uma mudança significativa no conceito dos dois discos. "Leva tempo de um disco pra o outro, no Vista Pro Mar até eu entrar na vibe e tentar entender o que eu tava fazendo, como é que eu queria que o disco soasse, chegar nas referências certas a gente demorou mais ou menos um ano." Todo esse processo deve ser mantido para o próximo disco. "Eu já tenho várias ideias, esboços, não cheguei nem a fazer as primeiras músicas, mas já tenho as referências, a linha que eu vou querer seguir".
Muitas dessas inspirações Silva carrega desde a infância, como por exemplo o violino da música A Visita, que ele conta que estudou desde seus 5 anos de idade, mas que não o usa mais em seus sons. "É uma questão de linguagem, violino foi o instrumento mais importante da história da música desde o século XVI e é um instrumento difícil de você usar sem ficar piegas, eu até pretendo voltar, mas é questão de fase". O que Silva não abandona mesmo são os elementos eletrônicos que fazem parte das suas músicas, referência que o músico também trouxe de tempos atrás "Desde minha adolescência eu sempre fui apaixonado por música eletrônica, eu lembro que eu comecei a baixar softwares, baixei a primeira versão do Reason e adorava ficar brincando no Reason, adorava ficar reproduzindo o que eu ouvia nos discos gringos".
Essa busca por novas referências e novas atualizações é fundamental no processo de criação dos discos de Silva, e o que torna ele em um artista muito diferenciado, que está em constante transformação. "Minha mãe por exemplo toca música barroca, ela é professora da universidade e toca música barroca e eu sempre fiquei perguntando pra ela como que era a música de agora. Eu sempre tive esse questionamento, eu quero mudar, eu não quero ser um artista estático". Esse tipo de característica até pode ser arriscado quando você pensa em manter seu público, mas consegue também garantir que ninguém ficará enjoado de escutar sempre o mesmo som quando ele estiver prestes a lançar um novo trabalho.
Outro desafio de Silva é conseguir escolher suas melhores partes para inspirar seus sons, o artista já demonstrou em seus discos que é o tipo de músico que gosta de falar acima de tudo dos bons sentimentos e em nossa conversa ele se mostrou totalmente contra os artistas que tentam transpor suas piores horas para dentro de seus sons "Eu adoro Brian Eno, é um dos meus heróis musicais, ele sempre foi muito inquieto, muito questionador, mas só que o cara faz música ambiente, ele não tá ali projetando os próprios questionamentos dele e eu me relaciono muito com artistas assim".
Lembra quando falamos da difícil missão que Silva tinha de fazer uma música que agradece o máximo de pessoas possíveis? Bom, em seu show o artista consegue transpor toda sua qualidade dentro de palco e ao meu lado pessoas de todas as idades, todos os sexos, deficientes físicos e visuais e até mesmo pessoas que não conheciam o artista se encantavam pelo show e diziam frases como "Nossa, ele é muito bom", eu acho mais que isso, acho que além de ele ser muito bom, ele é necessário!
Canceriano e, por isso, responsável pelos textos mais dramáticos deste blog. Escreve uns sons, é Social Media e estuda Publicidade na Unisanta. Seu maior sonho é ouvir "Come Fly With Me" de Jetpack.
Está chegando a hora de você curtir um dos maiores festivais de música do Brasil, o +Lollapalooza 2015. A produção do evento divulgou como serão divididas as mais de 55 horas. A programação completa você pode conferir abaixo.
Ainda há ingressos disponíveis para os dois dias, que vão de R$170,00 a meia entrada até R$660,00 a inteira para os dois dias de festival.
Canceriano e, por isso, responsável pelos textos mais dramáticos deste blog. Escreve uns sons, é Social Media e estuda Publicidade na Unisanta. Seu maior sonho é ouvir "Come Fly With Me" de Jetpack.
A +Modest Mouse aos poucos vai demostrando que trará um dos melhores trabalhos do ano com Strangers to Ourselves, agora foi a vez de surpreender o público com o single Of Course We Know.
A música carrega um ritmo bem lento e ao mesmo tempo uma melodia muito gostosa de ouvir. A música estará presente no disco Strangers to Ourselves, quarto álbum da banda.
Canceriano e, por isso, responsável pelos textos mais dramáticos deste blog. Escreve uns sons, é Social Media e estuda Publicidade na Unisanta. Seu maior sonho é ouvir "Come Fly With Me" de Jetpack.
O Emicida foi buscar na França inspiração pra seu novo som, chamado Bonjour, a música conta com participação do rapper Fefé.
Os rappers rimam em cima de violas animadíssimas e junto a um coral de crianças francesas, é um som que mistura o agito brasileiro com toda a elegância francesa, mas ainda assim sem perder a mensagem da letra que merece atenção.
Canceriano e, por isso, responsável pelos textos mais dramáticos deste blog. Escreve uns sons, é Social Media e estuda Publicidade na Unisanta. Seu maior sonho é ouvir "Come Fly With Me" de Jetpack.
Aos poucos Kintsugi, o quarto disco de estúdio da +Death Cab For Cutie vai tomando forma, agora foi a vez do lançamento de mais um single, No Room In Frame.
A faixa tem uma melodia extremamente agradável e é muito bem construída, cheia de sentimentos, sem dúvidas tão boa quanto o seu primeiro single, Black Sun.
Canceriano e, por isso, responsável pelos textos mais dramáticos deste blog. Escreve uns sons, é Social Media e estuda Publicidade na Unisanta. Seu maior sonho é ouvir "Come Fly With Me" de Jetpack.
A +Analisando Sara trocou as guitarras pelos violões e a bateria pelo cajon pra lançar uma versão acústica de Corpo Vítreo, um dos sons que estarão no próximo disco da banda.
A música serviu para mostrar a banda em uma roupagem totalmente diferente e para matar um pouco da saudade dos fãs que estão na espera de um material, agora é só aguardar a versão oficial.
Canceriano e, por isso, responsável pelos textos mais dramáticos deste blog. Escreve uns sons, é Social Media e estuda Publicidade na Unisanta. Seu maior sonho é ouvir "Come Fly With Me" de Jetpack.
That Black Bat Licorice é uma das faixas do último álbum de estúdio de Jack White, Lazaretto, e mais uma vez o músico inovou e lançou um vídeo 3 em 1 para a faixa.
O vídeo conta com uma versão animada dirigida por James Blagden, uma versão bate cabeça dirigida por Brad Holland e uma versão live dirigida por Jack, para alternar entre elas basta teclar e segurar 3 ou B.
Canceriano e, por isso, responsável pelos textos mais dramáticos deste blog. Escreve uns sons, é Social Media e estuda Publicidade na Unisanta. Seu maior sonho é ouvir "Come Fly With Me" de Jetpack.